Equipamentos médicos no domicílio

Equipamentos médicos no domicílio: o que pode ser necessário?

Cuidar de alguém em casa transforma espaços, rotinas e demanda decisões. Nesse sentido, uma das principais questões que surge é: quais equipamentos médicos são necessários para garantir segurança, conforto e qualidade de vida? 

Este post oferece um guia prático, pensado para familiares, cuidadores e profissionais de home care, com explicações sobre os equipamentos mais comuns, quando são indicados, e como garantir que funcionem de forma segura.

Por que considerar equipamentos médicos no domicílio?

Quando a saúde exige monitoramento contínuo, administração de medicamentos complexos ou suporte a funções vitais, equipamentos apropriados tornam possível oferecer atendimento de qualidade fora do hospital. Além disso, muitos dispositivos:

  • Aumentam a segurança do paciente (como colchão antiescaras e cama hospitalar);
  • Reduzem internações e complicações (por exemplo, oxigenoterapia bem gerida);
  • Facilitam a rotina do cuidador (como elevador de transferência ou cadeira de rodas adequada);
  • Promovem autonomia e qualidade de vida.

Mas atenção: a escolha deve sempre ser feita com orientação de profissionais de saúde (médico, fisioterapeuta, enfermeiro), considerando diagnóstico, prognóstico e rotina do paciente.

Avaliação prévia: passo a passo.

Antes de comprar ou alugar qualquer equipamento, é essencial:

Avaliação médica e prescrição

Muitos equipamentos só devem ser usados sob prescrição (concentrador de oxigênio, bombas de infusão, etc).

Avaliação domiciliar

Profissionais de home care podem visitar a casa para checar espaço, elétrica, acessibilidade e necessidades de instalação.

Plano de cuidados 

Definir objetivos (reduzir risco de úlceras, melhorar ventilação, facilitar mobilidade) para escolher o equipamento certo.

Orçamento e disponibilidade 

Decidir entre compra e aluguel, pesquisar fornecedores confiáveis e verificar cobertura do plano de saúde, quando aplicável.

Principais equipamentos e para que servem

Abaixo, uma lista dos equipamentos mais frequentes no cuidado domiciliar, com explicação clara sobre indicação e pontos de atenção.

1. Cama hospitalar e colchão antiescaras

Para quem: pacientes acamados por longo prazo, com mobilidade muito reduzida.

Por que: ajuste de altura e inclinação facilita transferências e posicionamento; colchões especiais (espuma viscoelástica, alternantes) previnem úlceras por pressão.

Ponto de atenção: treinar cuidador na movimentação e verificar capacidade de peso e medidas do leito.

2. Oxigenoterapia (cilindro, concentrador, acessórios)

Para quem: pacientes com doenças respiratórias crônicas, insuficiência respiratória leve a moderada.

Por que: mantém saturação adequada de oxigênio; melhora dispneia e qualidade de vida.

Ponto de atenção: prescrição da vazão (L/min), verificar instalação elétrica (no caso de concentradores), risco de incêndio (não fumar próximo ao equipamento).

3. Nebulizadores e inaloterapia

Para quem: pacientes com doenças respiratórias que necessitam de medicamentos inalatórios em forma de névoa.

Por que: entrega mais direta dos fármacos às vias aéreas.

Ponto de atenção: higiene correta para evitar infecções; seguir doses prescritas.

4. Aspiradores de secreção

Para quem: pacientes com secreção excessiva que não conseguem eliminar sozinhos.

Por que: mantém vias aéreas limpas, previne broncoaspiração.

Ponto de atenção: operar com treinamento, descarte adequado de material biológico.

5. Bombas de infusão e seringa

Para quem: pacientes que precisam de medicamentos por via venosa contínua ou intermitente (quimioterapia domiciliar, nutrição parenteral parcial, analgesia controlada).

Por que: precisão na administração de doses.

Ponto de atenção: monitoramento por profissional; checar alarmes, calibração e bateria.

6. Equipamentos de suporte ventilatório (CPAP, BiPAP, ventiladores domiciliares)

Para quem: pacientes com apneia do sono, insuficiência respiratória crônica ou aguda quando indicado.

Por que: mantém vias aéreas abertas ou suporta ventilação.

Ponto de atenção: ajuste por especialista, limpeza e manutenção regulares.

7. Cadeiras de rodas, andadores e auxiliares de marcha.

Para quem: pacientes com mobilidade reduzida, mas que podem sentar ou andar com auxílio.

Por que: promovem autonomia para atividades diárias.

Ponto de atenção: escolher tamanho e altura adequados; verificar freios, pneus e adaptadores.

8. Dispositivos para higiene e conforto (cadeira de banho, elevador de transferência)

Para quem: pacientes com dificuldade para transferências e higiene.

Por que: segurança e dignidade nas atividades básicas.

Ponto de atenção: instalação segura e uso por pessoas treinadas.

9. Monitor portátil (saturação, pressão arterial, glicemia)

Para quem: pacientes que precisam de monitoramento frequente.

Por que: ajuda a detectar alterações precoces.

Ponto de atenção: calibração, registro dos valores e comunicação com equipe de saúde.

10. Suporte à nutrição (sondas nasogástricas, bombas de nutrição enteral)

Para quem: pacientes com dificuldade de ingestão oral.

Por que: garantir aporte nutricional adequado.

Ponto de atenção: higiene, cuidados com fixação de sondas, checagem de posição e obstruções.

Segurança, manutenção e treinamento

Ter o equipamento certo não basta — é necessário garantir segurança e funcionamento:

  • Treinamento do cuidador e família: como ligar e desligar, interpretar alarmes, limpar e armazenar. Peça sempre demonstração prática do fornecedor ou da equipe de saúde;
  • Manutenção preventiva: seguir manual do fabricante, trocar filtros, revisar baterias e checar conexões elétricas;
  • Ambiente seguro: instalar o equipamento em locais secos, bem ventilados e sem risco de quedas. Para equipamentos elétricos, evitar sobrecarga de tomadas;
  • Plano de contingência: identificar quem contatar em caso de falha (fornecedor, equipe de enfermagem, emergência) e ter peças sobressalentes básicas;
  • Documentação e receita médica: manter prescrições, notas fiscais, contrato de aluguel e manuais em local acessível.

Compra x aluguel: como escolher a melhor opção.

Aluguel

Indicado quando a necessidade é temporária (recuperação pós-operatória) ou quando o custo de compra é elevado. Permite manutenção técnica incluída em muitos contratos.

Compra

Vantajoso para necessidades permanentes: atenção à assistência técnica, garantia e peças de reposição.

Considere também cobertura por planos de saúde: alguns procedimentos e equipamentos são reembolsáveis mediante prescrição e justificativa clínica.

Questões éticas e emocionais

Trazer equipamentos para casa também mexe com emoções: pode simbolizar perda de autonomia para o paciente ou sobrecarga para a família. Aqui vão algumas dicas:

  • Inclua o paciente nas decisões sempre que possível;
  • Explique, mostre e treine: isso reduz resistência e ansiedade;
  • Planeje pausas e apoio: cuidadores precisam de suporte — equipes de home care podem oferecer rodízios e visitas.

Perguntas frequentes (FAQ)

Preciso de receita para alugar um concentrador de oxigênio?

Sim — a oxigenoterapia geralmente exige prescrição médica com fluxo e tempo de uso indicados.

Quem instala equipamentos complexos em casa?

Fornecedores especializados ou equipes de home care realizam a instalação e o treinamento inicial.

E se o equipamento tiver um alarme à noite?

Combine com o fornecedor uma parametrização adequada e tenha um plano para quem deve ser acionado. Nunca ignore alarmes sem checagem.

Nossa equipe de especialistas em home care realiza avaliação domiciliar, orienta sobre aluguel ou compra de equipamentos e treina cuidadores para garantir segurança e bem-estar. Entre em contato com a Essencial Care e descubra a melhor solução para o seu caso.

Essencial Care

Unidade Porto Alegre

Av. Ipiranga, 7464 Conj. 518 – Jardim Botânico – 91410-500

Unidade Florianópolis

Rua Lauro Linhares, 2123 Sala 407, Bloco A – Trindade – 88070-101

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