O passo-a-passo da OMS para a segurança da medicação na transição do cuidado

Uma das novas publicações da Organização Mundial da Saúde sobre Segurança em Medicação se concentra em um momento que requer atenção especial: a transição dos cuidados. É nesse ponto – em que o paciente entra em contato com um instituição de saúde ou com uma equipe diferente de profissionais – em que podem ocorrer as discrepâncias. São as omissões ou os esquecimentos que fazem com que os pacientes saiam do hospital ou sejam transferidos para outros setores sem a prescrição de drogas importante ou com a indicação de medicamentos que podem interagir de maneira perigosa com outros já usados.

O cenário
Dados compilados pela OMS sugerem que entre 3% e 97% dos pacientes adultos e entre 22% e 72% dos pediátricos tiveram alguma discrepância em seu histórico. Em transferências entre unidades hospitalares, 62% já sofreram com o problema. O momento da alta ou da desospitalização é especialmente delicado: discrepâncias afetam entre 25% e 80% dos pacientes. Os idosos – institucionalizados ou não – sãos os mais afetados: até 98% já tiveram discrepâncias na medicação.

Protocolos bem estruturados para todo o processo de medicação – da prescrição à reconciliação medicamentosa (leia abaixo) – são essenciais na prevenção de erros. Mas, para evitar falhas nas transições do cuidado a comunicação entre profissionais de saúde, a educação do paciente e familiares e o processo de reconciliação são de extrema importância.

As ações fundamentais
A comunicação entre profissionais – seja pelo sistema de registro eletrônico ou checklists – ajuda a identificar e alertar para mudanças na prescrição.

A educação do paciente sobre sua condição, os medicamentos receitados e o motivo torna o paciente mais um agente para barrar administração de medicamentos que já foram desprescritos, por exemplo. Ferramentas eficazes para educar e engajar pacientes e educadores são materiais e panfletos sobre sua condição e medicamentos, assim como etiquetas coladas aos medicamentos com as instruções de uso.

A nova publicação da OMS enfatiza a necessidade de reforçar o processo de reconciliação medicamentosa, a partir da implantação de formulários para o Melhor Histórico de Medicação Possível. A participação de farmacêuticos no processo é recomendada pela OMS. “Uma série de revisões sistemáticas identificadas farmacêutico ou envolvimento de farmácia em reconciliação medicação como sendo particularmente efetivo”, afirma a publicação.

Via IBSP.

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